ESPAÇO NEGRO

SENZALA

SENZALA


As senzalas eram alojamentos utilizados por senhores de engenho como abrigo para seus escravos. Construídas com barro, madeira, telha ou palha foram nomeadas por Joaquim Nabuco como “o grande pombal negro”. Elas existiram juntamente com a escravidão, ou seja, entre os séculos XVI e XIX.
senzala2Além de abafadas (por possuírem poucas janelas cercadas com grades) também eram desconfortáveis pela grande quantidade de pessoas alojadas ali. No mais, não possuíam divisórias e os seus “habitantes” se viam obrigados a dormir no chão – quase sempre de terra batida, em alguns locais, com palha. Há registros de senzalas que possuíam tarimbas: tábuas de madeira posicionadas a mais ou menos três pés de distância do chão. Apesar da precariedade, os homens dormiam separados das mulheres e das crianças. Os escravos também ficavam acorrentados dentro das senzalas, para evitar fugas.
Pelourinho
Pelourinho
Na parte exterior da construção a senzala possuía, à sua frente, o pelourinho – um tronco com corda utilizado para castigar os negros – e, aos fundos, sanitários primitivos feitos com barricadas de água cheias até a metade que eram esvaziados e limpos uma vez ao dia. Também há um fogão improvisado, utilizado pelos escravos para assar a própria comida – geralmente pesca e caça, ou sobras.
Abertas até as dez horas da noite para convívio, ao som de uma espécie de campainha as senzalas eram trancadas e somente reabertas no dia seguinte, uma hora antes do início das tarefas diárias.
Ainda há senzalas localizadas no Vale do Paraíba e nas cidades de Vassouras, Valença e Cantalago, e sua visitação é permitida – são pontos turísticos.
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| 2008 |